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A partir de meados do século XVI descobriram as primeiras minas de prata em Potosi, atual Bolívia. No século XVII, esse metal passou a compor 99% das exportações da colônia espanhola.
Com isso nós podemos observar a exploração que os europeus passaram a exercer sobre suas colônias e explicar alguns motivos para o subdesenvolvimento de muitos países latino-americanos. Quando elas foram inseridas na divisão do trabalho, essas colônias tornaram-se áreas fornecedoras de matérias-primas, principalmente de recursos minerais e gêneros agrícolas.
Como diversos países europeus procuravam acumular metais, bem como proteger seus produtos em busca de uma balança de comércio favorável, ocorreu que a política mercantilista de um país entrava diretamente em choque com a de outro, igualmente mercantilista. Em outras palavras, os objetivos mercantilistas de um eram anulados pelos esforços do outro.
Os colonizadores iam para as colônias para enriquecer, arrancar o máximo de riquezas para sustentar as metrópoles. Nesse tipo de colonização, não houve por parte dos colonizadores a preocupação em desenvolver o comércio interno e as manufaturas.O papel econômico das colônias era apenas: o fornecimento de matérias-primas e consumo dos produtos manufaturados das metrópoles.Após a independência das colônias, a Inglaterra foi ocupando o lugar das antigas metrópoles e transformou-se no principal comprador por preços baixos das exportações desses países e ao mesmo tempo tornou-se o principal fornecedor dos produtos manufaturados.
A agricultura era desenvolvida em grandes propriedades monocultoras com utilização de mão-de-obra escrava. Os escravos recebiam salários e não eram consumidores, pois não podiam comprar os produtos, por isso não se formou um mercado consumidor. Conseqüentemente não houve investimentos e sem investimentos, não houve desenvolvimento econômico.A atividade agrícola se desenvolveu, sobretudo nas regiões onde não foram encontradas as tão cobiçadas riquezas minerais, como o ouro e a prata. Vastas áreas foram transformadas em grandes regiões agrícolas monocultoras, com a sua produção voltada para a exportação, ou seja, os produtos eram levados para a metrópole, onde eram consumidos ou comercializados com outros países da Europa. Essa produção, baseada em monoculturas de expotação mediante a utilização de mão-de-obra escrava, foi denominada plantation. A agricultura iniciou-se nas colônias portuguesas desde o século XVI. Já na América Espanhola a agricultura ganhou impulso somente entre os séculos XVII e XVIII, com a queda da produção mineral.
América Espanhola
Ciclo da mineração

A partir de meados do século XVI, com a descoberta de minas de ouro no México e de prata no Peru, organizaram-se os núcleos mineradores, que requeriam uma grande quantidade de mão-de-obra. Aproveitando-se da elevada densidade populacional da Confederação Asteca e do Império Inca, os exploradores passaram a recrutar trabalhadores indígenas, já acostumados a pagar tributos a seus chefes, sob a forma de prestação de serviços. Para adequar o trabalho ameríndio, foram criadas duas instituições: a encomienda e a mita.

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